Créditos

Direcção,Organização,Redacção: Álvaro Lobato de Faria

sábado, 22 de março de 2008

Inauguração de "tu não aconteces,quando eu te quero"



Dr. Álvaro Lobato de Faria, Director Coordenador do MAC


Movimento Arte Contemporânea



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Texto de abertura da exposição da


Pintora Maria João Franco


no Museu da Água,


em parceria com o


MAC-Movimento Arte Contemporanea


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Dra.Margarida Ruas, directora do Museu da Água
com o Dr. Álvaro Lobato de Faria,
director coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea


Exma. Sra. Dra. D. Margarida Ruas,
Digníssima Directora do Museu da Água da EPAL,
Ilustres convidados e amigos
É com grande satisfação que estou hoje aqui, como director coordenador do MAC – Movimento Arte Contemporânea, agradecendo o convite que me foi dirigido para apresentar a exposição “tu não aconteces quando eu te quero” concebida e realizada pela pintora Maria João Franco.
Agradeço profundamente a toda a equipe e ao vosso gabinete, nomeadamente ao Dr. Pedro Inácio que tão eficiente e amigavelmente se colocou ao nosso dispor. Congratulo-vos pelo vosso indiscutível contributo para a divulgação cultural e artística deste País, que certamente servirão de exemplo para iniciativas similares em outras instituições públicas ou não.
O significado deste evento não precisa de maior aprofundamento que aquele que os seus promotores quiseram e tão bem souberam transmitir, conferindo-lhe esta forte vertente cultural e artística.
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Nesta exposição,”tu não aconteces quando eu te quero” que agora me é dado apresentar como Director coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea, em colaboração com o Museu da Água, cujo conjunto se caracteriza por uma forte coerência formal e essencial, permeada por uma poética singular que não faz concessões de estilo, nem de moda, nem de modo, Maria João Franco perfaz o contorno, realiza o movimento, concretiza a ideia num imaginário pictórico único que lhe atribui um lugar marcante nas artes plásticas portuguesas.
Esta mostra patenteia, de facto, um conjunto de obras que, por si só, contam já, e de direito próprio, uma das páginas da história da arte hodierna deste país.
Esta pintura que aqui, nos é dado observar, tem uma estreita relação com o corpo, com o corpo das coisas, com a ideia primeira de matéria mater, que refaz incessantemente numa busca interminável, como se procurasse o princípio e o fim de um todo que sente ser o nosso, mas, na sua pesquisa, anseia sempre por um fim ou princípio outro.
Aqui assenta toda a diversidade da sua obra em que o fio condutor submerge e emerge, consentindo e confirmando toda a sua versatilidade como artista plástica, como criativa e autora.

No envolvimento cálido e terno nas pinturas que figuram a nossa condição, e que confere harmonia e beleza à trivialidade do quotidiano, sabe-se a vontade e o modo de subtrair riqueza plástica a um seu muito pessoal universo imagético.
O grafismo, aqui afirmado como elemento estilístico, afirma a autonomia da cor, que polariza e atrai a fluidez antropomórfica das formas, é na sua obra de uma importância fundamental.
Fala-nos pela incidência da cor que transporta e assume o papel de interlocutor entre a obra e o espectador.

Estamos agora perante uma artista sem hesitações, de um saber constante e ritmado, onde cada tomada de consciência nos abre o caminho para o seu mundo multidisciplinar, onde cada gesto tem o sabor de uma certeza.

A arte de Maria João Franco, extraordinariamente sensível na fluidez da linguagem das formas, na vigorosa materialidade da cor, na força e no encanto da sua evasão e do seu êxtase, é uma fascinante e esplêndida aventura espiritual e técnica.
As suas obras, são pois materialização de anseios e de sonhos, notas de realce, na Pintura Portuguesa Contemporânea.
A devoção e o grande profissionalismo, a continuidade e o grande empenho que Maria João Franco nos transmite nas suas obras, revelam-nos estar perante uma grande pintora e uma excelente artista, reconhecida não só em Portugal como internacionalmente
Em “tu não aconteces, quando eu te quero” título da exposição que agora nos apresenta no MUSEU DA ÀGUA, mostra-nos a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, a qualidade intranquila da sua poética, que faz de cada momento uma reencarnação imprevisível, nova uma conquista, um constante enriquecimento.
O vigor e qualidade do conjunto destas obras fará, com toda a certeza, que ele ocupe um significativo lugar na excelente pintura que Maria João Franco vem construindo e a que já nos habituou, confirmando o grande talento e sobretudo a surpreendente qualidade técnica e criativa desta grande artista das artes plásticas do nosso país.

Colocando-nos à vossa inteira disposição, bem como aos dois espaços MAC para qualquer forma de colaboração que V ex. entendam conveniente para quaisquer outras iniciativas, dentro das nossas actividades culturais e artísticas,
cumprimento respeitosamente V. Ex.ª.

Álvaro Lobato de Faria
Director Coordenador do MAC
Movimento Arte Contemporânea

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