Créditos

Direcção,Organização,Redacção: Álvaro Lobato de Faria

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Visita de Kate de Rothschild ao MAC

Dr. Luís Costa, Mary Teixeira da Motta,Kate de Rothschild e Dr. Álvaro Lobato de Faria
No âmbito das parcerias estabelecidas, o MAC-Movimento Arte Contemporânea foi anfitrião de um dos parceiros priveligiados na internacionalização do MAC, Kate de Rothschild que se fez acompanhar de Mary Teixeira da Motta.
Fizeram parte da equipa de recepção de tão ilustres visitantes o Dr.Álvaro Lobato de Faria, director ccordenador do MAC e o Dr. Luís Costa ,novo International Art Director do MAC.
Dr. Álvaro Lobato de Faria oferecendo a Kate de Rothschild
uma medalha da autoria do Esc.João Duarte

Dr. Álvaro Lobato de Faria oferecendo a Kate de Rothschild
um livro sobre Medalhística Contemporânea

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Novas exposições:António Inverno e Tereza Trigalhos

Álvaro Lobato de Faria vai mostrar no MAC
os artistas plásticos :



António Inverno e Tereza Trigalhos.



As duas mostras inauguram no proximo dia 4 de Novembro,terça feira, pelas 19 horas.

A exposição individual de
Tereza Trigalhos
terá lugar no Espaço MAC /Av. Álvares Cabral,58/60 em Lisboa.

"Proscritos"


A mostra estará patente ao público até 28 de Novembro de 2008,
de segunda a sexta das 13h às 20 h
sábado,das 15h às 19h
domingo, por marcação Tm 96 267 05 32

A exposição de António Inverno

estará patente no

Espaço MAC/Rua do Sol ao Rato 9C,em Lisboa

"Sala dos Poetas"
A mostra estará patente patente ao público até 28 de Novembro de 2008,
de segunda a sexta das 13h às 20h,
sábado das 15h às 19h,
domingo,por marcação Tm 96 267 05 32


mais informação em www.movartecontemporanea.blogspot.com

sábado, 11 de outubro de 2008

Formas outras da língua portuguesa

Apresentação da PNET
As Crónicas,as Artes Plásticas e a InternetNa mesa de apresentação da PNET ,
numa organização da PNET online e Byblos Amoreiras,
iniciando um
"Ciclo de diálogos
sobre as novas formas de comunicação baseadas na Internet",
estiveram presentes, como conferencistas
Álvaro Lobato de Faria, director coordenador do MAC
Pintora Manuela Pinheiro,
Maria do Céu Brojo e Manuel S. Fonseca.
O evento teve lugar na Byblos Amoreiras,Lisboa,tendo estado presentes, além de vasta audiência,e ,em representação do MAC, os artistas, Mestre Hilário Teixeira Lopes,Pintora Teresa Mendonça, Pintora Graciete Rosa Rosa, Escultor João Duarte, e ainda Joana Paiva Gomes, directora adjunta do MAC, Luís Costa e a Escultura Andreia Pereira, assistente da direcção do MAC.

Álvaro Lobato de Faria, Pintora Manuela Pinheiro e Maria do Céu Brojo

Álvaro Lobato de Faria proferindo a sua intervenção

Para correctamente abordar o tema proposto, tería que me reportar a uma época relativamente concisa ou, separadamente, a épocas ou patamares de entendimento de Arte e Cultura, de Língua e Cultura, de Língua Portuguesa e Arte, uma vez que a expressão do conhecimento não pode esgotar-se ou ficar estática numa única forma de linguagem, tendo em conta que cada linguagem traduz, modos próprios de raciocínio.
Contudo, pelas limitações de tempo a que esta prelecção está sujeita, procurei abordar de forma concisa os pontos mais relevantes que vos pretendo transmitir.

A disseminação cultural a nível internacional é um factor determinante para a afirmação de uma língua, no entanto, até hoje, nunca Portugal teve capacidade de penetração cultural no estrangeiro de forma relevante a não ser em áreas específicas, mas minoritárias, como a Música, a Literatura e as Artes Plásticas.

As inúmeras modificações nas formas e possibilidades de utilização das Artes Plásticas enquanto linguagem, são testemunhos incontestáveis das mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas que atravessaram o Mundo, e de modo particularmente acelerado nos últimos 30 anos, quando os equipamentos informáticos e as novas tecnologias de comunicação passaram a fazer parte de forma mais intensa da vida quotidiana.
Não que as Artes Plásticas contribuam por si e em si para a divulgação da Língua Portuguesa; antes, a divulgação das artes plásticas contribuirá para uma maior divulgação e entendimento da cultura portuguesa e consequentemente, como é óbvio, da Língua Portuguesa.
O património histórico, natural, arquitectónico e artístico, os costumes e a cultura, são as formas outras da Língua Portuguesa capazes de despoletar a curiosidade de quem as frui.

E de facto, só o conhecimento da nossa cultura pode potenciar o interesse pela nossa Língua, na medida em que tudo o que chama a atenção para Portugal aumenta o interesse pela Língua Portuguesa: ninguém lê Fernando Pessoa por gostar de Português mas poder-se-á aprender Português para melhor ler Fernando Pessoa, sem os condicionalismos das traduções.

Mas não se pode exportar uma língua, tentando convencer os receptores das vantagens que o seu conhecimento acarreta. É inútil.

Mesmo sendo meritórios os esforços nesse sentido, mais inútil se torna na actual sociedade de informação em que o impacto das novas tecnologias já mostrou ter a força e poder suficientes não só para construir mas também para devastar.
A globalização e os seus métodos, têm-nos conduzido a uma enorme confusão de valores e conceitos que levam os artistas a modelos e formas de pensamento alternativo que os conduzam a uma sustentabilidade do mundo, face a uma globalização indiferenciada e a um sistema de vida cultural, económico e ambiental que se vem mostrando pouco consistente.
Apesar dos pesares, move-me a convicção de que a Internet é hoje uma espécie de protótipo de novas formas de comportamento comunicativo que, quando bem aproveitada, se pode tornar um meio eficaz de disseminação cultural.

O facto de reunir num só meio diversas formas de expressão, tais como o texto, o som e a imagem, a par da rapidez da veiculação e da flexibilidade linguística, confere à tecnologia multimédia actual um lugar de destaque na nossa cultura.
Regra geral, podemos dizer que a Internet disponibilizou uma outra forma de experimentação ao nível das Artes Plásticas, bem como uma outra forma de chegar ao espectador-visitante e isto parece-me válido para todas as formas de arte ligadas ao plano das artes visuais, quer seja a pintura, a escultura, a ilustração, a fotografia ou o cinema.
Neste sentido, para além das Artes Plásticas, poucas serão as formas para melhor compreender e experimentar a diversidade e o que a Humanidade tem em comum, induzindo não só a uma consciência cultural colectiva mas também a um crescimento pessoal individualizado.

E se no caso da Literatura não é possível estabelecer qualquer tipo de comunicação efectiva sem um código vigente comum ao emissor e ao receptor, no que às Artes Plásticas diz respeito este código de entendimento mútuo é bastante mais abrangente, funcionando ao nível das emoções enquanto transmissores de mensagem.

Compreendidas pela sua potencialidade de criar novas formas de construção de sentidos, capazes de despertar o interesse para a Língua e Cultura Portuguesas, as Artes Plásticas poderão converter-se num novo alfabetismo comum a emissores e receptores, pela pura necessidade de uma comunicação eficaz através de um canal de comunicação global – a Internet – que se vem tornando fundamental para compreender a cultura das sociedades actuais

Desta forma, embora não possa nunca substituir-se ao prazer da fruição física e matérica de uma obra-de-arte ou de um objecto estético, parece-me essencial que a Internet continue a evoluir no sentido de potencializar e sensibilizar as sociedades e culturas actuais a irem ao encontro físico e intelectual da linguagem universal que nos transmitem as Artes Plásticas.

A Internet proporciona um forte complemento a qualquer pessoa e em qualquer lugar do mundo, pela oportunidade de participar numa rede de comunicação onde pode expandir o seu conhecimento e curiosidade sem necessidade de partilha de um código linguístico específico.

A convergência destes dois desenvolvimentos - um novo “alfabeto” imagético e a sua disseminação global enquanto linguagem universal - permitirà às Artes Plásticas a conquista da permanência na vida quotidiana, motivo pelo qual é cada vez mais premente a inclusão da prática artística nos programas educacionais não apenas para aqueles que pretendem seguir a via artística mas igualmente para todos os outros que, não utilizando a arte como forma de vida, irão ter de interpretá-la e interagir com ela de um modo que simplesmenste não existia hà 10 anos atrás.

Mas dadas estas vantagens, permitam-me recordar dois pontos importantes: em primeiro lugar, e como referi anteriormente, ainda que a multimédia possa actuar como tecnologia auxiliar de democratização da Arte enquanto linguagem universal, não pode nunca substituir a experiência sensorial que se desenrola na presença física de uma obra-de-arte.
Daqui concluímos que, embora a rede Internet seja de facto uma fonte de conhecimento, não poderá fazer chegar ao internauta/fruidor a forma exterior da criação artística, no que respeita fundamentalmente à pintura e escultura (sublinhe-se os sentidos, a dimensão, a cor, a textura, o cheiro, o feeling in loco que uma obra transmite).
Assim, com o contacto único com a Internet teremos apenas uma realidade virtual que serve de facto os fins de mercado, mas não a fruição total da obra de arte, podendo-se criar um equivocado estatuto da Arte.
Em segundo lugar, devemos sempre preocupar-nos com o destino das palavras, património de valor incalculável num mundo em que som e imagem surgem cada vez mais de forma aleatória e sem controlo.
Evidente se torna que o que pode ser verdade para a linguagem das artes plásticas, o não é para as linguagens escritas, descritivas, ficcionais ou poéticas, pois que a criação literária, a sua formalização e organização de conteúdos em nada se altera na sua dimensão estética quando divulgada on-line.
Explorar e dominar as várias formas de linguagem é fundamental para identificar as diversas linguagens formais e informais que existem, decidindo quando o texto ou a imagem se nos oferecem como melhor veículo para lograr a comunicação.

Numa altura em que a taxa de analfabetismo atinge um quinto da população mundial adulta, deseja-se cada vez mais que o cidadão do futuro seja completamente alfabetizado passando essa alfabetização também pela Arte.

Para que isso suceda, as Artes Plásticas, entre outras, devem ser consideradas enquanto matéria básica de formação tal como a leitura, a escrita e a matemática.

Desenvolver capacidades de desenho e destrezas de alfabetização gráfica que permitam encarar as imagens enquanto canais de comunicação, é uma necessidade premente no sistema de educação nacional.

Adaptável às diversas mudanças comportamentais da sociedade, a criação artística enquanto linguagem cognitiva que se baseia na percepção e conceptualização do Mundo, é das faculdades mais flexíveis e plásticas de todas quantas são geradas pela criatividade humana.

Desta forma, quanto mais cedo compreendermos que as formas, linhas e cores comunicam ideias e informações, mais depressa a Arte se converterá num veículo fundamental para compreender a cultura dos povos.
Face ás novas tecnologias, é de frisar que mesmo sendo de manipulação acessível às populações, exigem estruturas de conhecimento básicas anteriores, sem as quais não é nítido que se chegue a qualquer resultado positivo.
Atendendo ao que foi dito, coloco algumas questões/reflexões como a da identidade de uma cultura portuguesa e quais os seus modos de integração neste mundo global que agora habitamos?
Em que estádio de entendimento das coisas e do mundo nos encontramos actualmente?
Que herança cultural tem o nosso povo que permita o acesso fácil a níveis de conhecimento minimamente exigidos e exigíveis?
Haverá, de facto uma verdadeira cultura portuguesa, solidamente estruturada, passível de não ser submersa por esta globalização e “massificação” ainda mal digerida?
Ou estaremos todos a contribuir para a total subalternização do que resta da cultura portuguesa entrosada já, e bem, com todas as influências que se têm gerado ao longo dos séculos?
Atentemos que não estou a fazer qualquer apologia de um nacionalismo doentio.
Antes questionemos o que defendemos e porquê.

Álvaro Lobato de Faria

Lisboa,9 de Outubro de 2008

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De: Ana Tristany

Enviada: quarta-feira, 15 de Outubro de 2008 21:56

Assunto: Intervenção Byblos

Olá
Gostei muito de ler a sua intervenção e tive muita pena de não ter estado presente pois estive a dar aulas até às 19h.
Num país em que, para a grande maioria, o expoente máximo da cultura é feito de telenovelas e futebol é absolutamente necessário que os poucos que sabem que há muito mais, acreditem que podem e devem ser motores de desenvolvimento cultural.
Muitos parabéns.
Ana Tristany

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Parceria com o Colégio Militar


Janela de Inverno III - Ana Tristany


Ao abrigo da parceria estabelecida com o
Colégio Militar,
o MAC - Movimento Arte Contemporânea

inaugura no próximo dia 8 de Novembro,Sábado, pelas 16 horas ,
a exposição individual de Pintura de
ANA TRISTANY
"À chuva , ao sol e ao vento"
que se realiza no
Pavilhão do Auditório do Colégio Militar,
ao Largo da Luz,em Lisboa
A exposição estará patente ao público,
das 14h às 19h
até 15 de Novembro de 2008

Ana Tristany
texto de apresentação
Dentro das diversas categorias passíveis de situar a pintura de Ana Tristany, poderíamos falar de expressionismo abstracto, pintura matérica, gestualismo, action painting ou dripping, entre tantas outras correntes que alcançaram o seu carácter específico quer pelas técnicas quer pelas soluções espaciais que apresentaram dentro do denominador comum que é a Arte Informal.Ao restringir o seu trabalho a uma destas noções corre-se o risco de uma qualificação imprópria, insuficiente ou de mau uso dos conceitos, podendo essa relação entre o conceito e a obra atingir um grau elevado de contradições.Não me centro na técnica, centro-me na pintora. Quer se trate de arte abstracta ou de arte não figurativa, o trabalho de Ana Tristany está para além do âmbito das discussões em torno da abstração, situando-se numa categoria muito mais vasta que é a de “obra aberta”, postulada por Humberto Eco em 1962, altura em que na Europa se assitia à proliferação de objectos de arte cujas formas indeterminadas convidavam o fruidor a participar activamente na sua construção e concretização.Diante do trabalho de Tristany estamos perante um conjunto de pinturas em que as expressões, as manchas ou os signos aos quais a artista não atribuiu intenção, são passíveis de adquirir múltiplas e novas possibilidades de leitura, desafiando o observador a dotá-las de significado, tornando-se este processo numa ferramenta fundamental para a “conclusão” das composições.O seu trabalho torna-se assim, uma forma de investigação que realiza em parceria com quem observa, uma elaboração mental entre produtor e fruidor que não se sabe até onde vai nem de onde parte.à rapidez de execução postulada pelos informalistas como valor primordial, Tristany opõe uma pintura de duração que, ao invés da obsessão subjectivista daqueles, procura uma objectivação do processo – dripping – longe de se entregar meramente à repetição de gestos, rasgos e manchas desconexos, mas antes procurando dotá-los de continuidade orgânica, convertendo aparências informais em formas globais e enriquecidas estruturalmente.O termo dripping, de uma forma geral, reflecte um conjunto de manifestações diversas, muitas vezes anárquicas, caracterizadas tanto pela liberdade na escolha de materias e suportes como pela liberdade na criação de obras sem que nelas intrevenha qualquer organização voluntária, ordem ou esquema pré-estabelecidos, daí resultando um denso emaranhado linear e pontilhista, por vezes caótico, prevalecendo a matéria disposta mais ou menos ao acaso.No entanto, em contacto com a obra de Ana Tristany percebemos desde o início que trabalha em plena posse dos recursos técnicos e plásticos e, sobretudo, que os une à sua enorme intensidade intimista e tremendamente poética.Mais do que um conjunto de relações entre diferentes cores, a sua pintura é um veículo para expressar emoções, uma mescla entre cor e matéria onde podemos sentir o movimento do braço e do pulso, numa energia gestual espontânea onde a tinta é jogada, espirrando, gotejando e manchando as superfícies, habitando-as de efeitos visuais potenciadores de significados.Distanciando-se do gestualismo de carácter visceral, destaca a “abolição” da forma bidimensional na composição, substituindo-a por zonas de matéria pictórica muito elaboradas que chegam a criar verdadeiros relevos, numa busca incessante pela matéria que, no fundo, está na base da sua formação enquanto escultora.Transversal ao seu percurso, a ideia de que o ensino artístico perturba a carreira de um artista plástico não cabe na definição do trabalho que Ana Tristany tem desenvolvido ao longo dos anos com os seus alunos, nomeadamente no Colégio Militar.Dinamizadora de inúmeros projectos pedagógicos de vertente artística, o desenvolvimento do trabalho plástico em contacto directo com os seus alunos, privilegiando a pintura e a escultura enquanto caminhos para a indagação e experimentação, tem-lhe possibilitado abrir caminhos de inovação pedagógica promissores.A sua curiosidade e rigor intelectual, bem como a preocupação em fundamentar a acção pedagógica devidamente articulada com as estruturas directivas do Colégio Militar, têm sido os estímulos que a levam a percorrer estes territórios de pesquisa e reflexão plástica enquanto complemento das capacidades intelectuais e físicas dos alunos, contribuindo decisivamente para o despertar de sentidos que, por vezes, são alheios aos educadores.O trabalho desenvolvido por Tristany é um trabalho de acção, quer na vertente artística quer na vertente pedagógica, que se traduz não num simples jogo de extravagância formal e cromática, mas enquanto ferramenta de ensino que sistematicamente utiliza de forma planeada e ampla, numa espontaneidade que busca a expressão directa da imaginação.

Álvaro Lobato de Faria

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O MAC visitado pelos alunos do Colégio Militar numa iniciativa de Ana Tristany

Numa iniciativa de âmbito pedagógico registamos a visita às exposições de Mestre Figueiredo Sobral e de Albino Moura, promovidas pela Professora Ana Tristany e pelos seus alunos .
Todas estas iniciativas são de louvar pois correspondem a um culto de divulgação da cultura e da arte.
Assim,como temos divulgado estamos sempre abertos a iniciativas como esta, que se torna exemplar a nivel pedagógico e cultural.

Prof.Ana Tristany com os alunos


Álvaro Lobato de Faria com os alunos do Colégio Militar