Créditos

Direcção,Organização,Redacção: Álvaro Lobato de Faria

terça-feira, 22 de abril de 2008

MAC||Maria João Franco::"tu não aconteces,quando eu te quero"


Como comissário no Museu da Água, em Lisboa, para o projecto de

Maria João Franco,

"tu não aconteces, quando eu te quero"

que tem como base o desenvolvimento de uma linguagem poético/plástica,
Álvaro Lobato de Faria
apresenta agora no MAC-Movimento Arte Contemporânea,
a segunda parte do projecto,
para cuja inauguração no dia 6 de Maio pelas 19 horas,
convida Vossas Excelências.

MAC-Movimento Arte Contemporânea.

A mostra daquela artista,
com novas obras, que complementam a anterior,
subordinada ao mesmo tema,
"tu não aconteces quando eu te quero"
inaugura no dia 6 de Maio de 2008 pelas 19 horas,

e estará patente nos dois espaços MAC
até 30 de Maio de 2008
Rua do Sol ao Rato, 9C
1250-207 Lisboa


Tel./fax 21 385 07 89
tm: 96 267 05 32

Av. Álvares Cabral 58-60
1250-072 Lisboa
Tel: 21 386 72 15
Tm: 96 267 05 32
horário: segunda a sexta das 13 às 20 horas,
aos sábados das 15 às 19 horas
e Domingos e feriados por marcação
tm: 96 267 05 32.
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"este cais em que naufraguei" 1

Tecn.mista s/tela
80.100 cm

2008
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Maria João Franco
Nasceu em Leiria em 1945. Tem o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa.Frequentou o curso de Arquitectura de Belas Artes do Porto.Comenda e Medalha de Mérito e Cultura atribuído pela Associação de Artistas Plásticos e Desenho Brasileiros.Desde 1982, participou em várias exposições colectivas e, a partir de 1985, realizou diversas exposições individuais quer em Portugal quer no estrangeiro.Em 1997 executou um cartão de tapeçaria para Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, cujo 1º exemplar faz parte do acervo do Sr. Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio.Fez parte do júri do concurso “32 Jovens Pintores” com o Alto patrocínio da Presidência da República Portuguesa integrado nas Comemorações do 10 de Junho de 2000-Dia de Portugal.Trabalha como artista convidada em cerâmica artística na Keramos – Condeixa.Convidada pela Foundation for the Support of Monestery Bentlage para participar noInternational Summer Workshop em Rheine – Alemanha Agosto 2005.Em 2005 executa um painel alusivo a “O Motim” de Miguel Franco inserido no Teatro Miguel Franco em Leiria.Funda em 2006 o jornal on-line “Casamarela5b & ARTS” em homenagem ao Pintor Nelson Dias.
http://www.casamarela5b.bogspot.com/
Está em estreita colaboração com as actividades culturais e artísticas do MAC-Movimento Arte Contemporânea, Lisboa.
Prémios:1987 – Prémio de edição na “IV Exposição Nacional de Gravura” – Gravura/Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; / 1º Prémio do concurso de Gravura Integrado no Ano Europeu do Ambiente - Setúbal/Beauvais; /2006- Prémio MAC’2006 Carreira – MAC Movimento Arte Contemporânea – Lisboa; /2007- Premio MAC’2007 Prestígio – MAC- Movimento Arte Contemporânea – Lisboa; /Representações:Está representada nas seguintes instituições: Museu de Setúbal; Cooperativa dos Gravadores Portugueses, Gravura em Lisboa; Colecção da Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Museu Armindo Teixeira Lopes, Mirandela; acervo da C.M. Lisboa, Coimbra, Amadora e Abrantes; colecções particulares em Portugal, Itália, Espanha, França, Suíça, Brasil, EUA e Holanda.
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texto do catálogo
Ao longo de quarenta anos de carreira, Maria João Franco, tem vindo a ser uma intransigente pesquisadora de verdades e de liberdades interiores, não cessando de se transformar – mantendo-se, no essencial, fiel a si mesma.Maria João Franco perfaz o contorno, realiza o movimento, concretiza a ideia num imaginário pictórico único que lhe atribui um lugar marcante nas artes plásticas portuguesas.A sua arte tem uma estreita relação com o corpo, com o corpo das coisas, com a ideia primeira de matéria mater, que refaz incessantemente numa busca interminável, como se procurasse o princípio e o fim de um todo que sente ser o nosso, mas, na sua pesquisa, anseia sempre por um fim ou princípio outro.Aqui assenta toda a diversidade da sua obra em que o fio condutor submerge e emerge, consentindo e confirmando toda a sua versatilidade como artista plástica, como criativa e autora.No envolvimento cálido e terno nas pinturas que figuram a nossa condição, e que confere harmonia e beleza à trivialidade do quotidiano, sabe-se a vontade e o modo de subtrair riqueza plástica a um seu muito pessoal universo imagético.O grafismo, aqui afirmado como elemento estilístico, afirma a autonomia da cor, que polariza e atrai a fluidez antropomórfica das formas, é na sua obra de uma importância fundamental.Fala-nos pela incidência da cor que transporta e assume o papel de interlocutor entre a obra e o espectador.Estamos agora perante uma artista sem hesitações, de um saber constante e ritmado, onde cada tomada de consciência nos abre o caminho para o seu mundo multidisciplinar, onde cada gesto tem o sabor de uma certeza.A arte de Maria João Franco, extraordinariamente sensível na fluidez da linguagem das formas, na vigorosa materialidade da cor, na força e no encanto da sua evasão e do seu êxtase, é uma fascinante e esplêndida aventura espiritual e técnica.As suas obras, são pois materialização de anseios e de sonhos, notas de realce, na Pintura Portuguesa Contemporânea.A devoção e o grande profissionalismo, a continuidade e o grande empenho que Maria João Franco nos transmite nas suas obras, revelam-nos estar perante uma grande pintora e uma excelente artista, reconhecida não só em Portugal como internacionalmenteEm “tu não aconteces, quando eu te quero” título da exposição que agora nos apresenta, mostra-nos a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, a qualidade intranquila da sua poética, que faz de cada momento uma reencarnação imprevisível, nova uma conquista, um constante enriquecimento.O vigor e qualidade do conjunto destas obras fará, com toda a certeza, que ele ocupe um significativo lugar na excelente pintura que Maria João Franco vem construindo e a que já nos habituou, confirmando o grande talento e sobretudo a surpreendente qualidade técnica e criativa desta grande artista das artes plásticas do nosso país.


Álvaro Lobato de Faria

Director Coordenador do MAC-Movimento Arte Contemporânea

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press release


"tu não aconteces, quando eu te quero

não falas ainda, quando eu te escuto.

tu não dizes, quanto eu te encontro.

Tempos passados de saber sentido

Tempos esquecidos de saber sofrido

Não sabes ainda quanto eu te entendo."

M.J.Franco

2008


Numa pesquisa, aliada a uma auto reflexão constante do ser/estar criado e recriado, ainda que numa atmosfera imersa, paradigma de todas as realizações encontradas, e não…Que o título da exposição: “tu não aconteces, quando eu te quero” denuncia já a busca incessante do encontro efectivo e afectivo com a “coisa” /”pessoa” amada.O universo plástico em que me situo denuncia-se pelo equívoco meio das ilusões em que as leituras várias se sobrepõem deixando ao espectador o disfarce amplo para as múltiplas e constantes leituras.“tu não dizes, quanto eu te encontro” negação aparente de diálogo com a ”coisa” em que o “quanto” nega ainda o dar a conhecer a infinidade das possibilidades dele mesmo.“não sabes ainda quanto eu te entendo” é o passo anunciado para a próxima realização em que o acto está já contido no “tu não te encontras, quando eu te quero” ,impossibilidade de simultaneidade de actos e realizações de ser e estar afectivo e efectivo.Poema/projecto de formalização autobiográfica e plástica, “tu não aconteces, quando eu te quero” tem agora lugar no MAC-Movimento Arte Contemporânea a 6 de maio de 2008 .

Maria João Franco

Lisboa, Abril/2008

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Agradecimento VOLTE FACE

Prof.Esc. João Duarte apresentando a

Exposição do 10º aniversário do "Volte Face"


AO VOLTE FACE
Muitos parabéns pelo 10º aniversário do VOLTE FACE que tanto tem orgulhado o nome de PORTUGAL na apresentação da medalha contemporânea em todo o mundo.
Sinto muito orgulho por VOS conhecer, ser Vosso admirador incondicional, e ter colaborado um pouco convosco, o que enriqueceu em muito, os meus conhecimentos culturais.
Se me permitem um abraço muito especial a todos, com incidência ao grande medalhista português e grande impulsionador e criador do VOLTE FACE, o grande MESTRE Professor Doutor Escultor JOÃO DUARTE, e á sua excelente colaboradora Escultora ANDREIA PEREIRA, a quem muito admiro.
Estão realmente de parabéns pelo grande contributo que têm dado á medalhística do nosso país.
Álvaro Lobato de Faria



Álvaro Lobato de Faria (Conselho de Honra do Volte Face),Pintora Teresa Mendonça,e Mestre Hilário Teixeira Lopes(à esq),Dr.Luis Costa e Dra.Joana Gomes(à direita)


Caro Álvaro,
é com muito prazer que recebemos as suas palavras de apoio e carinho. Muito nos honra a colaboração que temos desenvolvido com o MAC, instituição fundamental na divulgação da Medalhística Contemporânea Portuguesa.
A coragem que demonstrou ao apresentar, pela primeira vez, num espaço comercial, exposições individuais de Medalhística, só demonstra como o Álvaro está um passo à frente dos profissionais do seu ramo e do seu tempo. Esse arrojo, permite-nos hoje, reconhecê-lo como um parceiro fundamental do Volte Face, indispensável à divulgação da Medalha e dos medalhistas portugueses.
A nossa gratidão pelo excelente trabalho que tem desenvolvido.
Um forte abraço,
Andreia

Nota::Andreia Pereira foi premiada pelo seu trabalho e dedicação ao Volte Face

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Colaboração com VOLTE-FACE_Faculdade de Belas Artes Artes da Universidade de Lisboa




Convite para integrar o


Conselho de Honra do Volte Face


Medalha Contemporânea




da Faculdade de Belas Artes



da Universidade de Lisboa




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Meus Queridos AMIGOS

Quero compartilhar convosco, pois para isso sempre contei com a Vossa Grande amizade que bem contribuiu, para o prestigiante e honroso convite que me foi feito para integrar o CONSELHO DE HONRA da Secção de Investigação VOLTE FACE – Medalha Contemporânea da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Foi sempre com grande agrado e entusiasmo ao longo destes 10 anos, que eu e o MAC, envolvendo os Artistas e os sócios representados pelo Eng. Zeferino Silva, colaboramos intensivamente em inúmeros eventos nacionais e internacionais com o VOLTE FACE que sempre revelou grande empenho e profissionalismo na divulgação da cultura portuguesa, pelo que muito me orgulha a nossa parceria.
Esta nobre distinção de que fui alvo dedico-a à cultura portuguesa e aos meus familiares e amigos desejando que o VOLTE FACE continue a conquistar para o nosso país ainda mais prémios mundiais do que já conquistou, pois bem o merecem.

O Abraço muito amigo do

Álvaro Lobato de Faria












Quero felicitá-lo por tão honrosa conquista!
Por aquilo que tenho lido sobre o seu trabalho, dá para perceber que este convite faz todo o sentido. A sua actividade é de louvar neste país, que aos poucos vai reconhecendo o trabalho e dedicação de grandes artistas.

Cumprimentos,
Rosário Silva
......
Exmo. Sr. Dr. Álvaro Lobato Faria,
Muito me apraz dar os meus sinceros parabéns



e os votos de continuação da sua louvável actividade.
Atentamente,
Roxana Ripeanu
Instituto Cultural Romeno em Portugal


......



Álvaro
As minhas felicitações.
Prova do seu empenho e contributo

no orbe da Cultura portuguesa.
Um grande abraço
Pedro Inácio

Museu da Água



......



Dr. Álvaro
Quero felicitá-lo por mais esta conquista.
Um forte abraço do amigo
Sebastião Rodrigues - Brasil



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Álvaro

A amizade e a fraternidade geram os mais nobres sentimentos do ser solidário.

Por cada conquista tua

nasce mais uma razão

para me sentir feliz.

Um beijo

Maria João Franco



......



Álvaro


Nunca é demais dar-lhe os parabéns pelo notável trabalho

que tem realizado em prol da nossa cultura.

O Luis está certamente muito orgulhoso por o ter como primo.

Sempre teve por si muita admiração tanto pelo homem generoso

que é como também pelo empenho

e profissionalismo que dedica à sua tão nobre causa.

Todas as homenagens que lhe são feitas são inteiramente merecidas.

Dá para perceber que é muito estimado e respeitado por todos.

Está rodeado de bons amigos o que também é uma benção.

Mais uma vez agradeço-lhe o facto de partilhar,

também, comigo o convite quelhe foi feito pelo VOLTE FACE

para integar o C.H e de o dedicar a todos osseus familiares e amigos.

Não é por acaso que estas coisas acontecem.

Um beijo grande da

Conceição



......



Não posso deixar de felicitá-lo por mais uma vitória, nesta luta árdua que é trabalhar no mundo da cultura. O reconhecimento pelo seu excelente trabalho é mais do que merecido tanto do ponto de vista pessoal como profissional. É com profissionais assim que vale a pena acreditar que a generosidade a honestidade e a lealdade compensam. Obrigado por nos dar tantos momentos de felicidade e beleza e fazer-nos enriquecer como pessoas apelando sempre a nossa sensibilidade.
Ser seu amigo é acima de tudo uma dádiva.

Um grande abraço
Alberto Fernandes


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Álvaro Lobato de Faria,

Obrigado Álvaro por me ter enviado mais uma preciosidade.

Gostava de ter a sua energia, onde a vai buscar?

Saudações

Tito Sacadura

Royal ESQ London


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Olá Álvaro
Parabéns pelo sucesso.
Um beijo
Ana Bernacchi
Brasil


......


Caro Amigo Álvaro:
Tenho recebido as suas notícias que muito agradeço.
A última a mais importante, apresso-me a dar-lhe os parabéns.
De facto nós não somos,
eu também nunca fui,
meros «marchands» de arte mas sim agentes culturais.
Um grande abraço,
Luísa Possollo


……


Te felicito pois bem o mereces.
Beijinhos com carinho
Néia
Argentina


……


Muitos parabéns por tamanhas homenagens que lhe têm sido feitas,
são todas elas mais do que justas
e penso até, que o Álvaro merece ainda muitas mais.
Subscrevo todas!
Abraço
Miguel Barros
Pintor

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Dr Álvaro Lobato de Faria
Muitos parabéns pelo merecido reconhecimento do Seu valor.
O Dr Álvaro é a prova fisica do elo de ligação entre as Matemáticas Puras e a Arte.
Em si só, o Dr. Álvaro é um Ser precioso.
O meu orgulho por si não pode aumentar, porque matematicamente não há espaço que reste. Tentarei redigir, com imenso prazer, uma notícia a divulgar mais esse enorme sucesso Seu.

Com muita estima,

Margarida Neves Pereira
Jornalista
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Os meus parabéns pela distinção.
Cumprimentos,
Rui Silva
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Muitos parabéns por este convite tão honroso.
Tenho a certeza que é merecido!
Atenciosamente,
Idília Silva
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Oi PAI, recebi o seu e-mail/.
PARABENS!
Miguel Gomes
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Olá Álvaro.
Parabéns pela paixão e garra em trabalhar e valorizar os artistas.
Abraço
Saulo Silveira
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sexta-feira, 4 de abril de 2008

Profissionalismo e Competência

Margarida Neves Pereira
Jornalista do Açoriano Oriental
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4 de Abril de 2008

Querida Amiga Margarida
Simplesmente de um profissionalismo excelente. Não tenho mais palavras para a felicitar. (20 Valores). Já recebi inúmeros telefonemas dos Açores a elogiar bastante não só a mim, mas à brilhante jornalista Margarida Neves Pereira. O jornal Açoreano Oriental está de parabéns por contar com uma jornalista com tanta qualidade. Um muito obrigado e espero por si em Lisboa, pelo menos para a festa de aniversário do MAC, na 1ª terça-feira de Julho de 2008.

Um beijinho muito amigo do

Álvaro Lobato de Faria



Dr. Álvaro
É muita generosidade sua. Obrigada. A mim não tem nada a agradecer. Fiz apenas o meu trabalho e com muito gosto, por mérito do entrevistado o que infelizmente nem sempre acontece. Realmente Você não é uma pessoa comum. Costumo dizer que "só dá quem tem..." O Dr. Álvaro tem verdadeiramente muito para dar, é uma pessoa muito "rica", generosa e admirável. Tenho um enorme gosto e orgulho em conhecê-lo. É uma daquelas raras pessoas que faz com que a vida seja mais bonita - um dom Seu e uma benesse para o mundo.

Espero poder voltar a entrevistá-lo um destes dias, sem restrições de número de caracteres... o Dr. Álvaro vale bem a pena e para mim seria, uma vez mais, uma honra e um prazer.

Com amizade e muita admiração

Margarida

Entrevista com Álvaro Lobato de Faria _AÇORIANO ORIENTAL


"Açoriano Oriental"

de 4 de Abril de 2008

por Margarida Neves Pereira

(Jornalista)



Um honroso amigo dos Açores, um amante e critico das Artes, um comunicador, um matemático, um professor universitário, um curador, um conferencista, um galerista, o impulsionador de um movimento, um olhar…. Tudo isto, mas não só. É difícil definir Álvaro Lobato Faria, Director e Coordenador do projecto MAC, (Movimento de Arte Contemporânea), pois nele todas estas funções e manifestações se revelam, acrescidas de uma simplicidade desarmante, quase genial e de um afecto na voz e no olhar que nos obriga a partilhar os objectos da sua paixão - Amante das Artes, amigo dos Artistas, defensor da cultura Portuguesa.
"Divulgar as Artes é uma tarefa de grande relevo, uma missão de cidadania de dimensão universal que valoriza quem a promove, mas também quem com ela priva, esteja onde estiver, neste planeta, que é o nosso mundo".
Desenvolvendo-se num processo dinâmico e apostando sempre em novos e constantes desafios quer em Portugal quer no estrangeiro, nomeadamente na via da lusofonia, o MAC- Movimento de Arte Contemporânea, é um espaço cultural especialmente vocacionado para a divulgação da arte, em que a reflexão da língua portuguesa e a linguagem universal das artes plásticas se interliga e conjuga - é assim que Álvaro Lobato Faria se enquadra. Mas, para o director e coordenador deste Movimento, falar de Arte é também falar dos artistas que com o seu génio criador lhe dão vida permitindo a cada um de nós o contacto com novas experiências e com uma outra realidade que de outra forma não conheceríamos.
Tendo a perfeita consciência da fragilidade do estado da arte em Portugal, mas também da necessidade de incentivar e reconhecer o valor das obras e dos seus criadores, o MAC atribuí anualmente prémios (peças de escultura criadas por escultores de relevo do mesmo Movimento) para premiar os artistas que nos vários níveis e escalões mais se destacaram no MAC durante o ano. Desta forma, incentivam-se a qualidade na produção das obras e reconhece-se o valor dos artistas.
Este Movimento de Arte Contemporânea, dirigido e coordenado por Álvaro Lobato Faria, goza de outro requisito que importa verdadeiramente referir, o MAC abre as suas portas aos novos talentos, não se fechando hermeticamente nos valores seguros e já reconhecidos por outrem. Uma audácia proveniente de quem avalia com legitimidade mas também generosidade, a produção artística. "Não podemos pois deixar de referir os artistas que nos transmitiram a qualidade das suas obras: quer os consagrados, que nos têm acompanhado ao longo destes anos e cujos nomes dispensam apresentações, quer os jovens a quem abrimos as portas e com quem partilhamos inesquecíveis entusiasmos."
A importância do publico também não é ignorada por este amante das artes “ é ele que nos assegura que a arte não é apenas necessária mas profundamente indispensável.


Entrevista

Qual a sua Ligação aos Açores?
Para além do MAC contar com artistas açorianos, como é exemplo a Teresa Mendonça, sou um fã da beleza incomparável destas ilhas. Comprei uma casa em S. Jorge. Passo cá férias com muita frequência. Trago comigo grupos de artistas amigos para comigo partilharem desta calma reparadora.
Existe um ambiente "maquiano"?
Sim. É um ambiente agradável. Com muitos encontros e tertúlias. Somos comunicadores e descontraídos. Não considero o MAC uma Galeria mas sim um espaço cultural, aberto a todos, interactivo, convivial. Claro que nem todos os artistas são pessoas simpáticas, ou gostam de colaborar com o espírito regente, mas a grande maioria adere a esse espírito aberto.
Como nasce a paixão pelas artes plásticas?
A minha área de formação é as matemáticas puras, as quais lecciono. Para as compreendermos temos que ter uma certa sensibilidade também, uma certa paciência. As matemáticas têm uma certa cruz às costas, é um curso muito monótono e quando o tirei, apercebi-me que ou se é um grande craque - um génio - e a formação adquire-se com uma certa facilidade, ou se dá em louco! Para que isso não acontecesse, procurei compensações. Então, com apenas dezasseis anos, passava todos os meus tempos livres em galerias e museus, a contemplar e a "lavar a alma" com arte. Claro que era escorraçado de muitas delas por ser demasiado jovem. Olhavam-me de soslaio… mas ninguém me amedrontava!
Há um elitismo associado às artes e às galerias?
Sim. E isto prejudica muito a arte. São Galerias que não cuidam da vertente pedagógica e que de certa forma matam as artes. Eu "obrigo" turmas da instrução primária a irem à galeria. Os professores de Belas Artes costumavam dar aulas no nosso espaço, onde podiam os alunos interagir com os artistas, fazerem-lhes perguntas.... Chamei ao MAC os escuteiros, etc… Somos uma galeria viva, verdadeiramente um espaço cultural. A arte, para ser reconhecida como tal, precisa de ser vista, sentida e quanto mais cedo melhor, e por quanto maior numero de pessoas, melhor.
O Mac dá muita importância ao seu publico…
Sim. Não podemos esquecer o penhor do público, sempre interessado e interveniente. É ele que diariamente nos afirma que a arte não é apenas necessária mas profundamente indispensável. Com estes inestimáveis contributos (artistas, obras, publico divulgação jornalística) foi possível ao MAC conquistar um lugar de grande destaque no horizonte das artes plásticas, o que nos honra e nos une em laços estreitos aos artistas com quem trabalhamos, ao publico que os admira e apoia com regozijo e a todos os que de forma empenhada seguem o nosso trajecto.
Em Portugal não é costume premiarem-se artistas….
Os prémios foram criados numa noite de reflexão. Deixou-se de escrever sobre cultura em Portugal, o lugar foi praticamente todo tomado pelo desporto. Achei que tal era absolutamente necessário e justo. É um estímulo.
São atribuídos periodicamente?
Atribuímos anualmente em vários escalões.
Os próprios troféus são grandes obras de arte...
Sim. São concebidos por escultores do Movimento - já contamos com três grandes nomes : a escultora Maria Manuela Madureira - que conta com mais de sessenta anos de carreira, o Joalheiro e também escultor - Alberto Gordillo - que é considerado um dos dez maiores joalheiros do mundo - produziu o colar da Coroa da Monarquia Inglesa, fez vários trabalhos para o Franck Sinatra, e do qual temos uma exposição permanente de jóias no MAC, e este ultimo, em 2007, produzido por João Duarte, também um artista notável, Professor Catedrático de Belas Artes, um dos braços direitos deste Movimento.
O núcleo duro do MAC…
São vários que estão comigo quase desde o inicio, ou que demonstraram, assim que chegaram, uma disponibilidade generosa para connosco. A Pintora Luísa Nogueira, Maria João Franco, a açoriana Teresa Mendonça, entre outros, e claro O Mestre Hilário Teixeira Lopes, que é o nosso "bebé". Mas um "bebé" com grande peso - Prémio Mundial em Madrid, em 1969 entre 416 artistas de 32 países, prémio Sousa Cardoso em 1965 que era um dos mais importantes prémios nas Artes Plásticas em Portugal. A ele fazemos-lhe todas as vontades….
Pinta?
Nada! Não sei fazer um traço… fiz um quadro em toda a minha vida com a ajuda. Foi um sucesso… (risos)

Títulos e destaques

O amante do movimento das artes

O elitismo das galerias pode matar o futuro da arte. A pedagogia é essencial

Deixou-se de escrever sobre artes em geral em Portugal o lugar foi praticamente todo tomado pelo desporto. É pena.

A arte, para ser reconhecida como tal, precisa de ser vista, sentida, quanto mais cedo e maior numero de pessoas, melhor

Álvaro Lobato Faria é o director coordenador do MAC - Movimento de Arte Contemporânea. Um movimento que divulga e incentiva as obras de cerca de uma centena e meia de artistas portugueses, no país e no mundo lusófono.